Amiga da Escuridão

Amiga da Escuridão

Por: Taieli Fajardo
Era noite de lua nova. Lizzye morava sozinha numa bela casa. Ao terminar de lavar a louça, decide enfim, ligar o computador para fazer seus trabalhos. Lizzye estava pronta para imprimir seu trabalho, mas o computador inesperadamente foi desligado, assim como todas as luzes e objetos elétricos de sua casa.
- Droga! E agora? Eu não pude nem salvar o arquivo! - Reclamou ela.
A moça, irritada, foi ligar a TV, porém, lembrou-se de que estava sem eletricidade. Lizzye percebeu que já era tarde, foi dormir.
- Lizzye... - Disse uma voz misteriosa.
- Hãn? Quem está ai? - Perguntou.
-Olá Lizzye, o que acha de sermos amigos? - Perguntou a voz.
- Amigos? Mas nem sei quem você é... E como sabe meu nome?
- Sei o nome de todo mundo, querida.
Lizzye estava cada vez mais preocupada.
- Quem é você afinal? E Por que quer minha amizade? - Ela pergunta um pouco irritada.
- Você vai saber quem eu sou se aceitar ser minha amiga, o motivo não importa no momento.
 A moça fica em silêncio.
- O que foi? Está com medo?
- Não! Mas eu não te conheço, não há como eu ser sua amiga. - Disse ela.
- Acredite você vai gostar, vai se arrepender se não aceitar.
- Eu não me importo! Deixe-me dormir!
- Você é quem sabe.
A moça, pensando sobre o que a misteriosa voz lhe disse, pegou no sono.
Na manhã de sábado ela havia marcado de sair com as amigas. Quando voltou, faltava pouco para as 23h00min. Ela percebeu que a eletricidade havia voltado, mas Lizzye estava exausta e resolveu ir para a cama. Antes de pegar no sono, ela ouviu a voz:
- Lizzye! Até que enfim você chegou! E ai? Vamos ser amigos?
- Para mim não faz diferença...
- Posso considerar como um "sim"?
- Você é quem sabe, agora me deixe dormir!
Na noite seguinte, Lizzye foi recebida com a mesma voz:
- Já que quis ser minha amiga, preciso falar com você.
- Amiga? Hãn... Ah, tanto faz! Diga.
- Sabe, eu gostei de você, por isso não vou mata-la quando a sua hora chegar...
- O quê? Como assim? Então eu serei imortal? - Ela perguntou assustada.
- Bom, sim... Mas digamos que você não permanecerá aqui no "seu mundo", e sim em "meu mundo".
- Ainda não entendi... - Disse ela confusa.
- Vou lhe explicar: Eu saí procurando por pessoas, me interessei por várias, mas estas não aceitaram serem minhas amigas. Você aceitou, por isso tenho que levá-la.
- Mas por quê?!
- Preciso da sua ajuda para levar outras pessoas, quando a hora delas chegar.
- Não posso, tenho deveres aqui!
- Se você for comigo, não terá mais! Quero novos amigos, e também vou precisar da sua ajuda para isso.
- E meus familiares e amigos?
- Vão pensar que você se foi.
- Mas eu ainda nem sei o seu nome...
- Eu sou a Morte. Vem comigo?
- Deixe-me ver você.
Diante dos olhos de Lizzye, estava uma figura sombria, com todo o seu corpo coberto com um manto preto, seu rosto não era visível.
- Então, vamos? - Perguntou a Morte.
Manoella se preparava para dormir, depois de um dia difícil e muito cansativo.
- Manoella...  - Disse uma voz misteriosa.
- Quem está ai?
- Olá Manoella, quer ser minha amiga?
Manoella, confusa, fez muitas perguntas, e contou que sua vida estava difícil, havia perdido parentes, perdido seu emprego, ela não tinha mais vontade de viver, pelo menos não em "seu mundo".
- Pois então, aceite ser minha amiga, e venha para o "meu mundo".
- Antes preciso saber quem é você. - Disse Manoella.
- Eu sou a amiga da Morte.

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